Antes de mais peço desculpa pelo post long... eu não gosto de os ler, mas este não tenho mesmo hipótese de o fazer mais pequeno.
Como já alguns sabem, a minha opinião é que Vítor Pereira, não tem qualidade nem capacidade para estar à frente dos comandos do Porto e como já tenho expressado por essa blogosfera fora, a minha análise baseia-se no comportamento táctico dos jogadores em campo, e não estatísticas e se o futebol é bonito ou feio.
Decidi explicar isso com a análise de 2 momentos fundamentais de qualquer equipa que joga em ataque organizado:
Esta 1ª Imagem mostra a táctica de Vítor Pereira no 1º Momento de Construção, ou seja os alas bem abertos, com uma linha de 4 jogadores (os laterais e os médios interiores a subirem) em troca de bola com o ala inclusive. Muitas das vezes tenta-se um passe longo para um dos alas, através de um Central ou de uma mudança de flanco completa, para se começar a circulação de uma posição mais à frente.
Problema: Se os alas participam na rotação, não estão livres para outras funções e se os médios interiores não tem ninguém a criar linhas de passe, então a única solução é rodar a bola e "abrir os braços".
Nesta 2ª Imagem podemos ver a 2ª fase de construção... Os laterais chegam à lateral e os alas assumem uma posição mais interior, para tabelinha ou linha de passe. Os médios interiores assumem posição de frontal na àrea para a bola de "rassaca" ou pressão após perda da bola.
Problema: Assim que o ala vai para dentro, fica facilmente controlado pela defesa, o que deixa o lateral sozinho.
Isto é táctica de equipa pequena, pois assume-se que é possível travar duelos individuais, e ganhar bolas perdidas na cabeça da área, mas contra o Porto isso não funciona, pois estão sempre os 11 enfiados "dentro da baliza".
Então como poderia ser?
Pegando, nos exemplos acima era muitíssimo simples "corrigir" os dois momentos de transição para tornar as jogadas mais perigosas e mais eficazes.
Correção à 1ª fase de Construção:
Puxar os alas mais para dentro, abrir os médios interiores e colocar o trinco mais junto deles. A circulação é feita entre os 5 elementos do centro (mais os dois centrais). As setas indicam o tipo de movimentos de ataque ao espaço constantes, mesmo se a bola não fosse lã metida e por vezes 2 dos 3 a atacarem o espaço ao mesmo tempo.
Caso a bola não fosse colocada em profundidade, o atacante que atacou o espaço volta para a linha de fora de jogo, mas para uma posição ligeiramente diferente, para complicar a vida ao defesa.
Aqui nada de novo, é um dos modelos da 1ª Fase do Real Madrid.
Correção à 2ª fase de Construção:
Nada de novo aqui também, este é o modelo Villas Boas.
O Médio interior encosta para dar mais 1 linha de passe ao lateral, arrastando em sua cobertura os Centrais e o trinco (também para mais uma alternativa de passe). Para compensar, o lateral do lado oposto assume uma posição mais defensiva, apesar de ser já no meio campo adversário.
O Ala do lado oposto fecha mais ao meio e o avançado centro deriva um pouco mais (zona de ataque ao 1º poste), para onde está a bola. Entretando o médio interior do lado oposto, assume uma posição de recuperação ou remate de ressaca, mais em linha com o 2º poste(apesar de ser fora da área).
Nada de novo aqui... fazíamos o ano passado com eficiência com o Villas Boas.
Em suma, é simplesmente devido a estes duas fases de construção, que a equipa não consegue fazer nada, contra adversários que se fechem muito e saiam rapidamente em contra-ataque, e daí o Vítor Pereira não ser treinador para o Porto, enquanto não observar e alterar estas duas fases de construção.
P.S.: Não existe avançado nenhum no Mundo, que conseguisse grandes performances com estas duas fases de construção a dar-lhe(ou a não lhe dar) jogo. Tanto que os golos de Kleber, são por norma bolas de insistência.
P.S.2: Acima é sempre assumindo os 2 momentos de construção ofensiva em transição lenta, para uma táctica 4-3-3
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